sexta-feira, agosto 17, 2012

DISCUSSO NA FORMATURA DO SPN. DEZ/2011


As vésperas de atingir um número significativo de acessos ao meu blog, decidi publicar alguns textos, que nada mais são de que discursos, pregações e textos escritos para o boletim da igreja em que sou pastor auxiliar, a Igreja Presbiteriana da Boa Vista.
Nesta ocasião, trago a lume o discurso efetuado por mim nas solenidades de formatura do SPN, em dezembro de 2011. Espero que você seja edificado com a leitura deste material. Vamos ao texto?


DISCUSSO NA FORMATURA DO SPN

Ilustríssimo Sr. Representante da IPB e da JET/IPB, Rev. Dr. Osvaldo Hack

Ilustríssimo Sr. Presidente da JURET/N-Ne, Presbítero Azineto Moura.

Ilustríssimo Sr. Pastor da Igreja Presbiteriana das Graças, Rev. Antonio Sávio.

Srs. Formandos no Curso de Bacharel em Teologia, Especialistas em Exegese Bíblica e Mestrandos em Teologia.

Demais autoridades, irmãos e amigos aqui presentes.

Não me enfado de lembrar a belíssima peça poética escrita pelo salmista, registrada no Salmo 126, quando inspirado por Deus, ele registra aspectos pretéritos, presente e futuro, não só da sua vida, mas também da vida do povo de Deus.

O Deserto do Neguebe antes das torrentes


Ao iniciar este salmo o poeta sacro descreve os grandes feitos do Senhor, na sua vida e na vida do seu povo, quando ele olha para o passado. Esse aspecto pretérito tem cores vivas de um grande sofrimento vivenciado que havia chegado ao fim, em tempo não muito distante. Por isso ele diz: “Quando o Senhor restaurou a nossa sorte ficamos como quem sonha...”. Ao observar a ação de Deus na sua vida ele descreve a alegria do seu coração ao dizer que “... a nossa boca se encheu de riso a nossa língua de júbilo...”, tudo por conta dos gloriosos feitos do Senhor que havia restaurado a sorte deles.

O seu olhar sai do passado e retorna ao presente, quando ele declara que o Senhor havia feito grandes feitos nas suas vidas, e “por isso, estamos alegres”, afirma o salmista. Àquela alegria não era fruto de negociações ou feitos humanos, mas era fruto da intervenção graciosa do Senhor no meio do seu povo, fazendo com que seu povo vivesse alegremente no presente.

O Deserto do Neguebe após as torrentes


Mas para que a situação fosse completa, o salmista volta-se para o futuro, numa perspectiva escatológica, e embora no presente, sendo testemunha das bênçãos do Senhor operadas no passado, ele suplica enfaticamente: “Restaura Senhor, a nossa sorte, como as torrentes no Neguebe”. Portanto, a sua perspectiva de vida tinha um alvo, a plenificação de todas as coisas; a restauração do Shalom, onde o Senhor reinará sobre todas as coisas.

Nesta ocasião, quero tomar por empréstimo esta tríplice visão, e olhar nas três dimensões temporais, para a história recente do nosso SPN.

Em primeiro lugar, eu lhe convido a observar o momento pretérito. Deus restaurou a nossa sorte, nos abençoando com muitas bênçãos nas diversas áreas que envolvem a nossa casa de profetas.

O Senhor restaurou a nossa casa de profetas financeiramente, pois ao recebê-la, encontramos uma casa saneada em suas finanças, sem maiores problemas.

Trabalhamos arduamente durante estes últimos quatro anos, que compreendem os anos de 2008 a 2011 e graças a Deus financeiramente o SPN continua saudável, com todas as suas contas em dia, sem dívidas de qualquer espécie.

A parte acadêmica, também teve sensível melhora, pois novos professores com titularidade foram contratados, e incentivados a prosseguir seus estudos visando uma melhor capacitação, para assim instruir nossos alunos. Uma prova inconteste da evolução acadêmica do SPN é quando olhamos a nossa posição no provão da JET/IPB, saímos da última posição para a quarta posição. Desde 2008 não figuramos mais na última posição. Investimentos em equipamentos de informática, na Biblioteca, em móveis, etc. provam que levamos a sério a academia.

Nos dois últimos anos o SPN tem evidenciado uma amplitude de visão ao formar o seu Departamento de Missões, através do qual já fundamos três igrejas, uma em São Caetano, outra em Paudalho e uma terceira no bairro da Várzea, no projeto denominado de “Laboratório de Igrejas”. Realizamos seis viagens missionárias com os nossos alunos para o Norte do Brasil e também para a região Sul, dentro da parceria firmada com o PMC, naquilo que é chamado do Projeto Despertando Vocações. Estaremos realizando o nosso primeiro estágio transcultural, com a ida do nosso professor de missões e alguns alunos, para Guiné Bissau, onde realizarão trabalhos de evangelização e ação social na base da APMT daquele país.

Quanto ao aspecto futuro, reconhecemos, muito ainda temos que fazer. E como sabemos que sem o Senhor a nossa frente nada poderemos fazer, clamamos: “Restaura Senhor a nossa sorte como as torrentes no Neguebe”.

Outras coisas mais virão nisto nós cremos, mas só queremos de fato fazer aquilo que visa à glória e a honra do nosso Deus e Pai, e para isto oramos, Senhor usa-nos, para que mesmo andado e chorando enquanto semeamos, possamos voltar com júbilo trazendo os nossos feixes.

Nesta ocasião quero parabenizar aos formandos em Teologia Sistemática do SPN, aos Pós-Graduados em Exegese Bíblica e aos Mestres em Teologia do SPN pela vitória. Todos estão de parabéns.

Creio que nesta noite, mais uma vez cumpre-se em nossa vida a Palavra do Senhor. As dificuldades deste ano foram muitas, mas o Senhor restaurou a nossa sorte. E nós, nós ficamos como quem sonha e a nossa boa se encheu de riso e a nossa língua de júbilo.

Por isso bradamos em alta voz: “Grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso estamos alegres”.

Deus seja louvado. Toda honra, toda glória e todo louvor pertence a Ele.

Amém!

domingo, agosto 12, 2012

NO MEU RIM DIREITO TINHA UM CÁLCULO


NO MEU RIM DIREITO TINHA UM CÁLCULO[1]

No intervalo das dores provacadas pela existência de um cálculo renal no meu rim direito, e para passar o tempo, decidi escrever uma adptação do poema do Carlos Drummond de Andrade.




No meu rim direito tinha um cálculo
Tinha um cálculo no meu rim direito
Tinha um cálculo
No meu rim direito tinha um cálculo

Nunca hei de esquecer disso
Durante a minha vida sobre a terra do meu Deus
Nunca esquecerei que no meu rim direito
Tinha um cálculo
Tinha um cálculo no meu rim direito
No meu rim direito tinha um cálculo.

Marcos André Marques






[1] Texto adaptado da poesia de Carlos Drummond de Andrade “No meio do meu caminho”. Publicada em 1928 na Revista Antropofagia.



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