“E não vos conformeis com este século...” (Rm 12.2a)
Muito interessante e estarrecedora a reportagem publicado no site: http://blig.ig.com.br/foxlose[1], um endereço especializado em vídeo games, que é assinada por Bruno “Bagaço” Varsone. Nela o jornalista além de emitir a sua opinião, recorre a dois líderes de duas “igrejas evangélicas”: uma pentecostal tradicional, a Assembléia de Deus, representada por Sandra Pinheiro Landim vice-coordenadora do Departamento Infantil da IEAD (Igreja Evangélica Assembléia de Deus) e outra neo-pentecostal, tendo como porta-voz o pastor Duilio Santos coordenador da Força Jovem da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus).
No início da reportagem Varsone afirma que as igrejas parecem que entenderam que os games vieram para ficar e que ela, a igreja e não, ele, o game, devem se adaptar a realidade. Ele ainda afirma que nos Estados Unidos e na Europa as igrejas estão se apressando em estabelecer uma postura diante daquilo que ele chama do fenômeno, o game.
O espírito científico de Varsone o leva a buscar a opinião dos representantes do evangelicalismo brasileiro. Outrora, em tempos, não muito distante, ele ou qualquer outro jornalista procuraria os representantes de igrejas históricas, tais como: Presbiteriana, Batista, Congregacional, ou mesmo, Assembléia de Deus. Porém, Bruno buscou informações com os dois maiores segmentos do evangelicalismo brasileiro no momento: a Igreja Assembléia de Deus, a maior denominação dessa pátria e com a Igreja Universal do Reino de Deus, a mais poderosa potência financeira gospel do Brasil.
Se estranhamos o fato de igrejas pentecostais e neo-pentecostais estarem sendo o porta-voz dos evangélicos no Brasil, ao mesmo tempo lamentamos o fato de que não temos mais nenhuma voz, reconhecidamente entre o povo evangélico brasileiro, que sintetize e unifique aquilo que pensamos sobre determinado assunto, não à luz de visão pragmática, mas à luz de uma cosmovisão bíblica, autêntica e genuína, respaldada à luz da santa, inspirada, inerrante, autoritativa e suficiente Palavra de Deus.
Em toda a reportagem, o nome de Deus foi citado, além do nome “Assembléia de Deus” apenas duas vezes, na fala do pastor Duilio e nenhuma vez na fala da vice-coordenadora do DP infantil das IEAD, Sandra.
A grande preocupação de ambos, do pastor Duilio e de Sandra, parece-me, foi muito mais originada nas preocupações meramente relacionais horizontais (com os homens), do que uma preocupação com os aspectos relacionais verticais (com Deus). Pareceu-me que ambos tiveram o máximo cuidado em não desgostar o entrevistador e também o seu público, fazendo assim uma política da boa vizinhança.Outro detalhe que me saltou aos olhos foi o desprezo pela Palavra de Deus e sua ação na vida do homem, quando o pastor Duilio afirma que devido à apresentação de uma peça teatral e a exibição de um vídeo game, ele batizou quase duzentos jovens. A impressão que fica é de que o que faz uma pessoa, no caso um jovem buscar o batismo, não é um encontro real e marcante com Cristo, promovido através da ação regeneradora do Espírito Santo, que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo e aplica no homem a obra que Cristo realizou na cruz, mas um programa bem montado com estrutura que impressione ao homem (no caso ao jovem), enfim, um programa que seja não somente um fim em si mesmo, como também o meio para que este jovem encontre o caminho da felicidade e deseje se batizar em igrejas como as da IURD.
É claro que não estamos aqui advogando a favor ou contra o uso dos vídeos-games, porém, não podemos concordar que ele seja utilizado, não somente como instrumento de evangelização, como também, de conversão, coisa exclusiva da alçada da Palavra de Deus, e da ação desta sendo aplicada no coração do homem, pelo Santo Espírito do Senhor.
Ao abordar assuntos dessa natureza, não estamos pregando uma alienação do crente, porém, trazemos à baila, a necessidade de uma reflexão, que nos leve a concluir, de forma definitiva: “Estamos ou não tomando a forma deste mundo”? Esta é uma pergunta que precisa ser respondida por todos aqueles que afirmam que um dia nasceram de novo da água e do Espírito.
Que Deus nos abençoe!Amém!
[1] http://blig.ig.com.br/foxlose
Muito interessante e estarrecedora a reportagem publicado no site: http://blig.ig.com.br/foxlose[1], um endereço especializado em vídeo games, que é assinada por Bruno “Bagaço” Varsone. Nela o jornalista além de emitir a sua opinião, recorre a dois líderes de duas “igrejas evangélicas”: uma pentecostal tradicional, a Assembléia de Deus, representada por Sandra Pinheiro Landim vice-coordenadora do Departamento Infantil da IEAD (Igreja Evangélica Assembléia de Deus) e outra neo-pentecostal, tendo como porta-voz o pastor Duilio Santos coordenador da Força Jovem da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus).
No início da reportagem Varsone afirma que as igrejas parecem que entenderam que os games vieram para ficar e que ela, a igreja e não, ele, o game, devem se adaptar a realidade. Ele ainda afirma que nos Estados Unidos e na Europa as igrejas estão se apressando em estabelecer uma postura diante daquilo que ele chama do fenômeno, o game.
O espírito científico de Varsone o leva a buscar a opinião dos representantes do evangelicalismo brasileiro. Outrora, em tempos, não muito distante, ele ou qualquer outro jornalista procuraria os representantes de igrejas históricas, tais como: Presbiteriana, Batista, Congregacional, ou mesmo, Assembléia de Deus. Porém, Bruno buscou informações com os dois maiores segmentos do evangelicalismo brasileiro no momento: a Igreja Assembléia de Deus, a maior denominação dessa pátria e com a Igreja Universal do Reino de Deus, a mais poderosa potência financeira gospel do Brasil.
Se estranhamos o fato de igrejas pentecostais e neo-pentecostais estarem sendo o porta-voz dos evangélicos no Brasil, ao mesmo tempo lamentamos o fato de que não temos mais nenhuma voz, reconhecidamente entre o povo evangélico brasileiro, que sintetize e unifique aquilo que pensamos sobre determinado assunto, não à luz de visão pragmática, mas à luz de uma cosmovisão bíblica, autêntica e genuína, respaldada à luz da santa, inspirada, inerrante, autoritativa e suficiente Palavra de Deus.
Em toda a reportagem, o nome de Deus foi citado, além do nome “Assembléia de Deus” apenas duas vezes, na fala do pastor Duilio e nenhuma vez na fala da vice-coordenadora do DP infantil das IEAD, Sandra.
A grande preocupação de ambos, do pastor Duilio e de Sandra, parece-me, foi muito mais originada nas preocupações meramente relacionais horizontais (com os homens), do que uma preocupação com os aspectos relacionais verticais (com Deus). Pareceu-me que ambos tiveram o máximo cuidado em não desgostar o entrevistador e também o seu público, fazendo assim uma política da boa vizinhança.Outro detalhe que me saltou aos olhos foi o desprezo pela Palavra de Deus e sua ação na vida do homem, quando o pastor Duilio afirma que devido à apresentação de uma peça teatral e a exibição de um vídeo game, ele batizou quase duzentos jovens. A impressão que fica é de que o que faz uma pessoa, no caso um jovem buscar o batismo, não é um encontro real e marcante com Cristo, promovido através da ação regeneradora do Espírito Santo, que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo e aplica no homem a obra que Cristo realizou na cruz, mas um programa bem montado com estrutura que impressione ao homem (no caso ao jovem), enfim, um programa que seja não somente um fim em si mesmo, como também o meio para que este jovem encontre o caminho da felicidade e deseje se batizar em igrejas como as da IURD.
É claro que não estamos aqui advogando a favor ou contra o uso dos vídeos-games, porém, não podemos concordar que ele seja utilizado, não somente como instrumento de evangelização, como também, de conversão, coisa exclusiva da alçada da Palavra de Deus, e da ação desta sendo aplicada no coração do homem, pelo Santo Espírito do Senhor.
Ao abordar assuntos dessa natureza, não estamos pregando uma alienação do crente, porém, trazemos à baila, a necessidade de uma reflexão, que nos leve a concluir, de forma definitiva: “Estamos ou não tomando a forma deste mundo”? Esta é uma pergunta que precisa ser respondida por todos aqueles que afirmam que um dia nasceram de novo da água e do Espírito.
Que Deus nos abençoe!Amém!
[1] http://blig.ig.com.br/foxlose
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